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QUEM DIZ QUE NO BRASIL NÃO EXISTE PENA DE MORTE ESTÁ EQUIVOCADO.



Diferente de outras realidades, na amada pátria a pena de morte está nas mãos e no controlo dos malfeitores, racistas e xenófobos que levam, sem dúvida, vantagem da justiça. Convenhamos que esse grupo tem muito mais coragem do que os políticos. Pois, eles assumem-se como bárbaros, embora, muitas vezes, se façam passar por ovelhas para nos atrair como presas.

No entanto a maioria dos políticos são piores, assumem-se como patriotas mas, na sua maioria, não passam de hipócritas, confortáveis com suas mordomias, será que se importam com as vidas que morrem todos os dias? Ou então, só posso depreender que os políticos não lêem jornais ou interpretam às pesquisas. Segundo o Jornal Estadão, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FSB) concluiu que, no Brasil, 160 pessoas morreram por dia de forma violenta! Como se costuma dizer: “os números não mentem”, mas as pessoas sim. E parece que há um sentimento generalizado de conforto ou normalidade relativamente a esses números e à realidade que temos acompanhado, o que começa a tornar-se num modo de vida, onde quem morre é somente mais um.

Parece-me que o país se preocupa mais em fazer panelaços nas janelas, buzinar os carros nas ruas, pichar paredes e exigir o impeachment de um presidente; parece-me que é preferível sair às ruas por causa do reajuste de 50 centavos na passagem de ônibus; parece-me que é mais cômodo para as pessoas saírem às ruas para defenderem os seus partidos políticos... enfim. É, sem dúvida, um direito que têm mas, acima desse direito, deveria estar o direito à vida!

A situação do Brasil chegou a um nível em que somente unidades pacificadoras, programa minha casa minha vida, quotas, crescimento econômico, entre outros, não vai resolver quase nada. E para variar, o número de imigrantes e refugiados africanos e não só, que mesmo amparados pela constituição brasileira, morrem como se fossem animais.

É preciso uma reforma do direito penal, que prime pelo rigor da defesa da dignidade humana e do direito à vida, inerentes a todos os brasileiros, imigrantes e refugiados. Ou, então, os tempos sangrentos, onde a vida é totalmente banalizada, conduzir-nos-á ao caos, num futuro próximo.


João Canda @joaocandaoficial

Escritor Angolano



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